
Dia Mundial do Meio Ambiente - 5 de junho

Nesta semana, que começa no dia 30 de maio e vai até o dia 05 de junho , estamos vivenciando a semana do meio ambiente.
 No dia 05 de junho como acontece todos os anos  estará  sendo comemorado o dia mundial do meio ambiente, data  extremamente  importante para a conservação da natureza.
A preocupação com a conservação da natureza vem  se acentuando nos dias atuais em função das atividades humanas,  as quais têm ocasionado seríssimos problemas de degradação  ambiental, a ponto de comprometer, caso não sejam tomadas medidas  emergenciais,  os recursos naturais, as condições de vida e consequentemente,  toda a vida futura no planeta.
 O amor à natureza e o desejo de que ela seja preservada ou utilizada   racionalmente pelo homem já podem ser verificados nos primeiros livros  sagrados. Praticamente todos eles mencionam a vida das plantas, dos  animais  silvestres e do homem, como elementos integrantes do meio  ambiente.
Entre outros podem ser mencionados os Vedas, a Bíblia e o Corão.  Diversos são os textos escritos, alguns deles, há quase 2.500  anos atrás na India cujos relatos mencionam uma preocupação  acentuada com a conservação da natureza e vários são  os líderes espirituais, entre eles Shiddarta Gautama, o Buda que  demonstraram  esta preocupação. Curioso é que São Francisco  de Assis, tanto tempo depois, abraçaria os mesmos princípios,  certamente sem conhecimento das crenças e filosofias pregadas pelos  homens daquelas longínquas paragens. Além dos princípios  religiosos, os homens santos veneravam o ar, a água, a terra (alimento)  e o fogo (energia), todos considerados como partes integrantes do Cosmos  e  sem os quais não teríamos condições de vida. Procuravam  demonstrar a inter-relação de todos os seres vivos e dos elementos  abióticos que os cerca. Isso identifica a disciplina que hoje estudamos  nas universidades sob o nome de Ecologia.
 O amor de Francisco de Assis demonstra abrangência universal. Poucos   terão se irmanado tanto com o universo como ele, ao contemplar em seus  retiros para meditação os elementos naturais, que chamava de  “irmãos” – o sol, o ar, a água, as estrelas,  as plantas e os animais. No seu extraordinário “Cantico al fratte  Soli” louva a grandeza do Criador e todas as criaturas.
 Muitos anos depois, mais precisamente no ano de 1854, em resposta a  uma  proposta do presidente dos Estados Unidos Ulysses Grant, de comprar  grande  parte das terras de uma nação indígena, oferecendo, em  troca, a concessão de uma outra “reserva” obteve-se como  resposta do Chefe Seatle, aquele que tem sido considerado através dos  tempos como um dos mais belos e profundos pronunciamentos já feitos  a respeito da defesa do meio-ambiente. Neste pronunciamento, o chefe  indígena  faz um alerta contra a exploração predatória feita pelo  homem branco, ao provocar desflorestamentos, a poluição da água,  do solo do ar e ao dizimar populações animais, inclusive a do  bisão americano, que quase foi levada à extinção  pela caça indiscriminada. Enfatizava as conseqüências negativas  desta degradação provocada pelo homem branco. Entre outras afirmações  dizia o Chefe Seatle o seguinte : “O que ocorrer com a Terra recairá  sobre os filhos da Terra. Há uma ligação em tudo”.  Vale ressaltar que a visão “profética” do grande  Chefe Indígena, acabou se confirmando com precisão admirável,  demonstrando um profundo conhecimento das leis que regulam a natureza  pois  através das atividades do homem moderno ocorre hoje um processo de  intensa degradação do meio ambiente.
Em 1962, uma nova obra veio a causar grande impacto no meio científico e social, isto é, o livro Silent Spring (Primavera Silenciosa) escrito por Rachel Carson nos Estados Unidos que foi o primeiro brado de alerta, contra o uso indiscriminado de pesticidas e que teve repercussão mundial, contribuindo para que práticas conservacionistas como o Manejo Integrado de Pragas (MIP) passasse a ser implementado.
 Nesse processo de evolução das idéias e de comportamentos,  surge a Declaração sobre o Ambiente Humano que foi estabelecida  na Conferência de Estocolmo em 1972, cujos princípios tinham  o objetivo de servir de inspiração e orientação  à humanidade para a preservação e melhoria do ambiente  humano, a qual foi seguida 20 anos depois, pela Conferência do Rio de  Janeiro, a Rio 92, e mais recentemente pela de Joanesburgo na África  do Sul, a Rio +10.
Tudo isto, mostra que ocorreu uma grande evolução da sociedade, na forma de encarar os processos de desenvolvimento. Todavia, as mudanças nesta percepção ocorrem num ritmo mais lento do que seria o desejável para o não comprometimento dos nossos recursos naturais. Atualmente o chamado desenvolvimento sustentável é o único capaz de propiciar condições de preservar os recursos naturais e condições de vida saudável para as gerações futuras. Para que isto ocorra a educação ambiental tem uma importância extraordinária porque conscientiza e altera os padrões de comportamento do ser humano em relação à natureza. Segundo o conservacionista inglês Broad, “Na educação, reside a única esperança de se evitar a total destruição da natureza”. Que ela possa ser portanto, implementada maciçamente, em todos os locais de forma a conscientizar a todas as pessoas porque a educação ambiental reveste-se no mais importante instrumento para a preservação da natureza.
Fonte: www.agr.feis.unesp.br














     











                                                     




            
 
























 

















   


















































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